sexta-feira, 10 de junho de 2011

Professores lutam para sobreviver e deixam de ser referência à sociedade

Disponível em: http://mtnoticias.net/site/noticia/10016
Fonte: Redação - MT Notícias com Olhar Direto

Foto: Junior Martins - OD
                                                                                        Alunos em sala de compensado, teto que desaba em meio ao pátio da escola, paredes rachadas, professores desgastados e alunos desrespeitando seus ‘mestres’. São vários fatores integrantes de uma realidade que compõe a educação em Mato Grosso e que por isso, cada vez mais, tira a educação pública da referência da sociedade. Aliás, essa perda do título de ‘um exemplo a ser seguido’, é descrita com tristeza pelos professores que lutam “não para viver, mas para sobreviver”


O coro de descontentamento com a importância dada pelo governo à educação pública no estado foi entoado por cerca de 200 profissionais da educação que integraram mais uma manifestação, desta vez, na Praça Santos Dummont, na região central de Cuiabá. Uma delas, Deise Agne tem 53 anos e há 24 integra o sistema de educação pública, reclama que entre os profissionais de nível superior, os professores possuem o menor salário, mesmo se o reajuste for alcançado.

Entretanto, a luta salarial fica em apenas um patamar das reclamações. O descaso e a falta de respeito, também são pautas. Gilson Romeu, vice-diretor da sub-sede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), lembra que há anos a classe vem sendo desrespeitada pelos governantes, e que isso reflete diretamente na relação entre professor e aluno. “Se quem está em cima não respeita, imagina o aluno em classe. Por isso tem estudante batendo em professor”, dispara.

Aliás, a classe tem demonstrado um forte descontentamento com a atuação da atual gestora da pasta de educação, Rosa Neide. Segundo um grupo de professores, ela estaria fazendo ameaças para tentar calar o que há de ser dito. “Ela não tem competência para arrumar as escolas ou lutar pela educação, a competência dela é usada só para ir a programa de TV e ameaçar os professores”, reclamam indignados. Mesmo assim, eles afirmam que vão continuar lutando e que não vão ‘assinar em baixo do caos’.

E assim segue o movimento, com o governador Silval Barbosa desmarcando reuniões mesmo em um mar de protestos. E assim também a movimentação vem ganhando cada vez mais seguidores. Cláudio Dias está a apenas três anos atuando na área, mas já está apto a observar que o governo desrespeita a própria constituição. “A lei diz que o ser humano tem que ganhar um salário que dê conta das necessidades básicas, mas o nosso piso não proporciona isso”, exclama sem ser atendido.



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